Por Waldyr Faustini Júnior (SR Manager for HR, Finance, Compliance & CIS at Calsonic Kansei Corporation) para LikedIn Pulse e republicado no Blog Managers Café (com autorização do autor).
Alguns anos atrás uma cena corriqueira ficou gravada em minha memória, por vezes revisitei a mesma lembrança e fiz minhas análises por diferentes pontos de vista e, a cada vez, descobria algo novo e interessante. Claro, nenhuma super descoberta capaz de mudar o curso da história, mas sempre interessante o suficiente para adicionar uma nova reflexão.
Quem conhece a cidade de Campinas no interior do Estado de São Paulo, talvez conheça o cruzamento entre a Avenida Dr. Moraes Sales e a Rua Coronel Quirino. Bem ali, com o semáforo fechado um malabarista salta na frente dos carros parados, um pouco antes do final da tarde, hora difícil de dirigir em Campinas, diga-se de passagem, o rapaz jovem, algo próximo dos 25 anos, começa a arremessar os malabares para o alto, três no total e creio que a maioria dos leitores já deve ter visto cena parecida.
Olhos fixos nos pinos voando e tentando sorrir um sorriso profissional como que para afirmar a nós, os espectadores sentados nos carros, “Viram...tenho confiança no que faço, e sei que estou fazendo bem feito”.
Sim, o rapaz era muito hábil e brincava com a dança dos pinos que ora arremessava mais alto, ora mais rápido, dava voltas em torno de seu próprio corpo, arremessa-os ou os agarrava pelas costas, sim era impressionante.
Quase no final dos 40 segundos do semáforo fechado, um dos pinos caiu no chão bem no momento do “Gran Finale”, o último movimento e o mais difícil pelo jeito.
O que me fez gravar aquele momento na lembrança foi a expressão do rapaz, decepcionado consigo mesmo, afinal ele falhou. Não pude ouvir, mas seus lábios pronunciaram algo contra si mesmo, contra sua falha. Deve ter sido algo extremamente frustrante, pois ele não fez o que a maioria faz, não passou nas janelas dos carros pedindo algumas moedas pela sua apresentação.
Algumas reflexões são possíveis e resolvi compartilhar uma delas, a falibilidade de cada um.
Vencer os próprios limites é sempre o maior desafio ao longo de nossa vida, e em relação a isso sempre podemos nos recordar de Ayrton Senna, até porque algumas de suas memoráveis frases circulam todos os dias pela internet, pelas redes sociais e em apresentações de treinamento. Eu posso afirmar que vi naquele dia um jovem tentando superar-se e foi nítida sua imensa frustração com algo normal: a falha. Sim devemos nos lembrar que somos falíveis e, nos perdoar por isso. O rapaz desistiu de tudo que fez de bom e fixou sua energia na falha.
Será que somos capazes de recordar quantas vezes fizemos o mesmo na vida pessoal e na profissional? Falhar é inevitável para nosso processo de aprendizado.
Pense nisso e boa semana!
Por: Waldyr Faustini Jr
Por: Waldyr Faustini Jr
Aconteceu alguma situação profissional que se encaixe no caso acima? Gostaria de compartilhar conosco?
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