Por Toshinobu Ishida para LinkedIn Pulse e Blog "Managers Café"
Ao contrário do que parece o título, este artigo é dirigido
para quem tem um emprego ou um trabalho.
Nos meus muitos anos de convívio profissional com centenas
ou até milhares de pessoas, vi gente extremamente dedicada ao trabalho. Profissionais
competentes no que faziam, extremamente responsáveis e portanto valorizados na
empresa.
Por outro lado, uma parcela desses profissionais eram tão
dedicados que estavam, de certa forma, disponíveis 24 horas do dia. Com a
evolução tecnológica, uso de computadores, lap tops, telefone celular e
smartfone a situação está chegando ao extremo criando Profissional 30 Horas, 24
horas de hoje mais 6 horas de amanhã.
Sim, em tempos de crise, redução de pessoas e corte de
despesas, cada vez mais temos que trabalhar e produzir resultados. E muitas
vezes nós nos esquecemos que há vida fora da empresa.
E se eu encontrei com tantos profissionais ótimos e
competentes, também encontrei outros também excelentes, mas que pela atitude
profissional são odiados por muitos e admirados por poucos. Continuam na
empresa porque lhe é útil, mas esta utilidade é conseguida com muita
arrogância, assédio e pressão em cima dos colegas e seus funcionários.
Então refaço a seguinte pergunta. Se a relação entre a
empresa e os profissionais descritos acima cessa, o que lhe sobra? Em outras
palavras, tirando o seu atual trabalho da sua vida, o que lhe sobra? Você
cuidou bem de tudo e de todos que lhe cercam? Preservou relações familiares e
rede de amizades ao longo desses anos? Você é admirado por muitos e odiado por
poucos? Você percebeu que existe vida fora da empresa?
Quando remover o sobrenome que a empresa lhe proporciona, o
que lhe resta será muito pouco. Tenho visto que os 2 perfis acima são os que
mais sofrem nos casos de ficarem sem o trabalho. Cuide-se enquanto ainda há
tempo.
São reflexões para um fim de domingo.
Um abraço a todos.
Toshinobu
Ishida
Aconteceu alguma situação profissional que se encaixe no caso acima? Gostaria de compartilhar conosco?
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É complicado, mas a vida é o trabalho, principalmente quando no trabalho há poder. O encerramento da carreira pode ser melancólico.
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