sábado, 28 de fevereiro de 2015

Organização Silenciosa – Desastrosa cultura do silêncio


Por: Toshinobu Ishida para "Managers Café" e "LinkedIn Pulse"


     Talvez os leitores já tenham ouvido falar sobre esse assunto, mas é uma boa oportunidade para rever e comentar, pois acontece frequentemente nas empresas.

     Organização Silenciosa, por definição aqui no nosso caso, seria uma empresa onde os seus funcionários deixam de dizer alguma coisa num momento crucial, preferindo o conforto de ficar quieto. E isso pode custar muito caro para a empresa se não corrigir o rumo a tempo.

     As causas para sua ocorrência são numerosas. Citarei aqui alguns casos:

     - Cultura do “mate o mensageiro” que o problema estará resolvido.
     - Evitar de se expor, para não ser alvo de represálias por confrontar alguém.
     - Ser deixado de fora do grupo e rotulado de “o do contra”. 
     - Mesmo não sendo eu, mais alguém vai perceber o erro e apontá-lo.
     - Ele é especialista no assunto, portanto deve saber o que está falando.
     - Sendo chefe, ele tem acesso às informações como um todo e eu só sei uma parte.
     - Não quero ser questionado por uma coisa que eu não tenho ainda 100% de certeza.
     - Não quero ir contra o chefe, pois não quero correr o risco de perder o emprego.

     E a lista seguiria com centenas de outras situações.

     Os primeiros estudos sobre Organização Silenciosa, feitos por Morris e Milliken em 2000, apontam 2 características comuns a elas:

     - Alta centralização das tomadas de decisões.
     - Falta de canais de comunicação “bottom - up” (de baixo para cima).

     Sendo assim, as soluções passam por medidas que resolvam ou atenuem pelo menos as 2 características acima. Poderá haver mais outras características. Cabe aos gestores uma reflexão, para verificar se este fenômeno está ocorrendo na empresa e desenvolver os caminhos para resolvê-los.

     Tal como no caso do Paradoxo de Abilene, a ideia é lembrar aos colegas leitores sobre a existência deste tipo falha de comunicação. E assim poder reduzir a sua ocorrência.

     Hoje em dia, a literatura relaciona esse problema a casos como escândalos da Enron e acidente do Columbia (NASA). 


 Aconteceu alguma situação profissional que se encaixe no caso acima? Gostaria de compartilhar conosco?
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